Até bem pouco tempo atrás, era senso comum que os planetas formados ao longo do universo podiam ser classificados em 3 categorias:Rochosos terrestres, gigantes gasosos e gigantes de gelo.
Um planeta formado por agua nessas porporções constitui em uma nova definição de planeta...Esse planeta se chama GJ1214b, tem um dia que dura 38 horas e orbita umaestrela vermelha anã.
E não é só em planetas que encontramos agua no espaço em tamanha quantidade não!
Alguns dias atrás, encontrei a seguinte noticia em um site cientifico de Portugal:
"O telescópio espacial Spitzer, da NASA, detectou num sistema planetário em formação a quantidade suficiente de vapor de água para encher cinco vezes os oceanos da Terra, revelou esta quinta-feira a agência espacial, noticia a Lusa.
Em comunicado, o Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL), da Agência Espacial Americana (NASA), explicou que estas observações constituem a primeira visão directa da forma como a água, elemento crucial na formação de vida, começa a fazer parte dos planetas, inclusivamente dos rochosos, como a Terra.
«Pela primeira vez estamos a observar como a água aparece numa região onde provavelmente se formam planetas», explicou Dan Watson, astrónomo da Universidade norte-americana de Rochester e autor de um estudo sobre o sistema, identificado como NGC 1333-IRAS 4B.
Este sistema encontra-se a, aproximadamente, mil anos-luz da Terra, na constelação de Perseu.
A origem do vapor de água
Segundo os especialistas da NASA, o vapor de água tem origem numa nuvem central do sistema e cai sobre um disco de poeira estrelar, que seria o material da formação inicial dos planetas.
À Terra, a água chegou na forma de asteróides e cometas de gelo. A água também existe como gelo nas densas nuvens que formam as estrelas», disse o astrónomo norte-americano.
Agora vimos que a água, que cai na forma de gelo de um sistema estrelar jovem, evapora para depois se congelar novamente e se transformar em asteróides e cometas», acrescentou Watson.
Conseguimos detectar uma fase muito especial na evolução de uma jovem estrela, na qual o material da vida avança dinamicamente rumo a um ambiente no qual se podem formar planetas», disse, por sua vez, o cientista da missão do Spitzer nos escritórios do JPL, na Califórnia (EUA), Michael Wenero".
E pra quem achava que astronomia e unhas são dois assuntos que não combinam, saiba que foi encontrado uma região do espaço que apresenta quantidades significativas de...agua oxigenada!
O local da descoberta situa-se próximo à estrela Rho Ophiuchi em nossa galáxia Via Láctea, a cerca de 400 anos luz de distância. Esta região contém densas nuvens muito frias (por volta de -250o Celsius) de gás e poeira, onde novas estrelas nascem. A maior parte destas nuvens é o alvo principal para astrônomos por ser composta por hidrogênio e traços de outros elementos químicos. Telescópios como o APEX, o qual faz observações de comprimento de luz em milímetros – e submilímetros – são ideais para detectar os sinais que vêm destas moléculas. Devido às qualidades do APEX, a assinatura característica de luz emitida por moléculas de peróxido de hidrogênio pôde ser captada.
Segundo o astrônomo do Observatório Espacial de Onsala, Per Bergman, “os pesquisadores sabiam, por experiências laboratoriais, quais comprimentos de ondas procurarem, mas a proporção de peróxido de hidrogênio na nuvem é de apenas uma molécula para cada 10 bilhões de moléculas de hidrogênio. Isto requer observações muito cuidadosas”.
O peróxido de hidrogênio (H2O2) é uma molécula chave por sua formação muito parecida as outras duas moléculas familiares, oxigênio e água, críticas para a vida. Acredita-se que a grande parte da água em nosso planeta tenha sido formada originalmente no espaço. Em virtude desta suposição, cientistas se interessam muito em compreender como ela é criada.
Supõe-se que o peróxido de hidrogénio seja formado no espaço nas superfícies de grãos de poeira cósmica — partículas muito finas semelhantes à areia e à fuligem — quando o hidrogênio (H) é adicionado às moléculas de oxigênio (O2). Uma reação mais intensa do peróxido de hidrogênio com hidrogênio é uma forma de produzir água (H2O). Esta nova detecção de peróxido de hidrogênio, portanto, ajudaria os astrônomos a entender melhor a formação da água no universo.
O astroquímico Bérengère Parise, do Instituto Max-Planck e coautor do artigo, explica que “ainda não se sabe como a maioria das moléculas na Terra são criadas no espaço. Mas a descoberta do peróxido de hidrogênio, utilizando o telescópio APEX, parece mostrar que a poeira cósmica é o ingrediente que estava faltando no processo”.
Pois é , tenho certeza que esse post mudou completamente a sua vida....
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